Seres cinza
Só algum tempo é que voltaram a aparecer estampado nos principais jornais
de todo o mundo. Motivo: o Grupo de Estudos e Informações de Fenômenos
Aeroespaciais Não-Identificados (Geipan), sediado em Paris, está abrindo
publicamente, pela primeira vez, a sua documentação considerada até então
como segredo de Estado e segurança nacional – e faz isso porque permanecer no
silêncio, diante de “tantas evidências acumuladas” em seu acervo, foi
classificado
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como “irresponsabilidade científica”. Nunca os relatos sobre supostos
objetos voadores não identificados (óvnis) e seus tripulantes foram bancados
de forma oficial por um governo como fazem agora as autoridades francesas. Ao
todo são 400 depoimentos de eventuais casos de aparição de ETs, todos
minuciosamente investigados ao longo dos últimos 30 anos e que se acumulam em
cerca de 200 mil páginas – os depoimentos destacados com exclusividade nessa
reportagem, com indicação de local e ano, integram esse calhamaço.
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“Eu não conseguia acreditar, jamais vira algo parecido com aquilo. Pensei
em guardar o segredo comigo para não passar por louco. Mas decidi contar. Acho
que estamos sendo observados por seres altamente evoluídos.” Esse é o relato de
um comandante de vôo da Air France (o governo não revela nomes de depoentes),
que no dia 28 de janeiro de 1994, numa viagem de Nice a Londres, deparou com o
que diz inimaginável: um grande disco marrom-avermelhado cuja forma mudava
constantemente e voltava ao formato original. Delírio? Não. Em terra,
controladores da torre de comando, perplexos com o surgimento repentino e
inexplicável dessa “coisa” à esquerda da aeronave, esgoelavam para que o
comandante fosse prudente.
“No arquivo francês existem desenhos
que mostram qual a trajetória de vôo adotada pelas naves. Os discos voadores
utilizam meios de navegação e propulsão que nem imaginamos”, diz o diretor do
Geipan. Os anos de estudo e a intensa pesquisa levaram Gevaerd à conclusão de
que os seres extraterrestres podem manipular simultaneamente espaço e tempo: “A
distância entre um planeta e outro é imensa. É evidente que esses ETs não
viajam através do espaço, mas sim através do tempo. Estão muito à frente de
nós.”
Garagem
de ets
A especulação sobre possíveis programas secretos governamentais criados
para investigar seres extraterrestres também estourou em todo o mundo, com as
incisivas declarações do físico nuclear americano Robert Lazar. Ele afirma ter
trabalhado de 1988 a 1989 na famosa Área 51, base secreta americana localizada
a 190 quilômetros a noroeste de Las Vegas, no deserto de Nevada. Segundo Lazar,
essa região (que não consta dos mapas oficiais de Nevada) tem esse nome pelo facto
de os EUA serem divididos em 50 Estados e esse local, com área equivalente à da
Suíça, seria uma espécie de 51º Estado. Nele haveria um complexo subterrâneo
que já cumpriu a função de “garagem” para naves alienígenas. “Quando fui
trabalhar lá não sabia do que se tratava. Eu e outros 22 engenheiros
estudávamos o sistema de propulsão das naves e a princípio pensei estar lidando
com uma tecnologia terrestre altamente desenvolvida. Conforme fui analisando as
máquinas, notei que aquilo não tinha sido feito por um ser humano. Ainda não
temos tanto conhecimento”, diz ele. Lazar assegura que suas suspeitas se
confirmaram quando encontrou um memorando no qual havia muitas informações,
segundo ele, sobre a presença de óvnis. “Fiquei impressionado com o que li.
Falava sobre a existência de seres cinzas com grandes cabeças calvas, que
vieram da galáxia Zeta Reticuli. Também estava citado um incidente ocorrido em
1979, em que os alienígenas mataram militares e cientistas da base”, diz Lazar.
Já a Nasa prefere não se manifestar.
Factos
e fraudes
Os relatos agora divulgados pelo governo francês também evidenciam que, se
o assunto não deve ser ignorado, também há fraudes que devem ser desmascaradas.
“Há casos que não passam de invenções e de mentiras”, diz Patenet. “Mas também
temos evidências de pouso de óvnis na Terra e é preciso ter critério para
distinguir ciência e fraude. Para isso, é necessário apurar tudo.” É isso que o
Grupo de Estudos e Informações de Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados vem
fazendo. Com a iniciativa do governo da França, inicia-se assim um novo ciclo
para pesquisas referentes à ufologia. Mais: daqui para a frente haverá menos
mistério e menos temor acerca desse assunto porque, certamente, virão a público
novos relatos em outros países. Talvez o homem não seja mesmo o único ser
inteligente a habitar o espaço, mas para se decifrar essa questão é preciso que
as informações não sejam escondidas – o que não significa fazer delas
sensacionalismo nem deixar de analisá-las com critério. Esse é o mérito do
Geipan na França.
Estao aqui 2 depoimentos de quem os viu:
"Eles entraram de ponta-cabeça na nave”
Cussac, 29 de agosto de 1967.
Cussac, 29 de agosto de 1967.
“Meus filhos entraram em casa tremendo e chorando.
Contaram que, enquanto tomavam conta do rebanho, deles se aproximaram quatro
pequenos seres pretos. Tinham cerca de um metro de altura e estavam próximos a
um grande globo. Minha filha tentou contato, eles levitaram para o alto do
globo. Ela disse que os “homenzinhos” entraram de ponta-cabeça na nave que
decolou silenciosamente – meu filho desenhou uma espiral mostrando a sua
trajetória. Fui ao local e senti cheiro de enxofre. Na grama notei marcas que
pareciam de pouso de um grande objeto.” Cientistas atestaram a presença de
enxofre e marcas de fogo na grama. O relatório francês classifica o caso como o
mais misterioso.
“Eu pensei que tinha enlouquecido”
Nice, 8 de Janeiro de 1994.
“O céu estava aberto, dia perfeito para voar de Nice a
Londres. Quando chegamos a 11,9 mil metros de altura, recebi um aviso da torre
de comando de que havia um objeto parecido com um balão meteorológico à
esquerda da aeronave. Eu e o co-piloto checamos: não era parecido com nada que
eu já havia visto. Tratava-se de um imenso disco marrom-avermelhado, sua forma
mudava constantemente e estava a 10,5 mil metros de altitude, em meio às
nuvens. Um minuto depois, sumiu. Pensei ter ficado louco.” O piloto do Airbus
A-300 da Air France calou-se por três anos. Decidiu então relatar o caso. As
investigações continuam, mas o fenômeno segue sem explicação.
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